Resiliência supera a Eficiência – Lições do COVID-19

Em plena crise sanitária causada pelo COVID-19 emerge uma crise económica que, na medida que se desconhece o período de contenção necessário para evitar a propagação comunitária, apenas se consegue antecipar que será séria. É neste contexto incerto que se começam a definir desafios sérios para as empresas, desde reagir ao surto, a preparar-se para a recessão subsequente, antecipar uma eventual recuperação da procura e definir uma estratégia para o cenário pós-crise sanitária.

Os desafios de cada momento oferecem uma oportunidade às organizações de paragem e reavaliação das suas abordagens e capacidades estratégicas. À medida que o contexto em que as empresas operam se torna mais dinâmico e imprevisível, mesmo caótico, impulsionado pelo ritmo das mudanças tecnológicas e um alto grau de interconectividade, devemos esperar outros choques de natureza semelhante, quer sejam instigados pro agentes biológicos, ataques cibernéticos, falhas mercado ou outras fontes. Alguns serão exógenos para o mundo dos negócios, mas outros serão endógenos. Como as empresas podem estar melhor preparadas para quando esses choques ocorrem?
O BCG Henderson Institute identifica 10 lições estratégicas emergentes da crise atual:
1. Pense em sistemas de vários níveis para problemas altamente interconectados.
As empresas estão inseridas em mercados, que estão inseridos em economias e sociedades altamente interconectadas, que por sua vez estão inseridas em ecossistemas naturais e na biosfera.
2. Projetar e gerir para resiliência.
Durante períodos estáveis, as empresas tendem a competir construindo escala e eficiência estática – em períodos dinâmicos só resiliência ´permite a sustentabilidade;
3. Crie um senso de urgência e evitar a complacência.
O retardamento dos testes em larga escala e da adoção de medidas de mitigação teve como resultado que o surto se espalhou e se intensificou;
4. Evite o bloqueio da comunicação.
Uma vez compreendido o significado de uma crise, muitas organizações tornam-se hiperativas e paralisadas por instruções incessantes e em constante mudança através da cascata hierarquia;
5. Combine sua estratégia com seu ambiente.
As estratégias clássicas que dependem de ciclos de planeamento deliberados, como as adotadas pela maioria dos governos e empresas, podem ser eficazes em ambientes estáveis mas são desajustadas em períodos caóticos;
6. Opere em várias escalas de tempo simultaneamente.
Nos estágios iniciais da crise as empresas concentram-se principalmente nas reações imediatas, perdendo a visão de médio e longo prazo;
7. Competir na taxa de aprendizagem.
O ritmo da história e da estratégia não é linear, aprender rápido e de forma inteligente é crucial – smart learning;
8. Encontre vantagem na adversidade.
Quando o ambiente económico é desafiador, as empresas tendem a agir de forma defensiva, negligenciando as oportunidades;
9. Competir na imaginação.
Não há um mapa seguro ou manual comprovado para enfrentar uma crise sem precedentes como o COVID-19.
10. Moldar soluções colaborativas.
O COVID-19 é uma crise global que atinge quase todos os aspetos da sociedade e, para resolvê-la, será necessária uma resposta colaborativa entre os ecossistemas de negócios, setores e nações.

A EnviEstudos integra estas aprendizagens nas suas operações e dirá “presente” para cumprir a sua missão juntos dos seus colaboradores, clientes, fornecedores e sociedade, porque acreditamos que “Vamos ficar todos bem!”.

EnviEstudos@EnviEstudos.com

Adaptado de: “Emerging Strategy Lessons from COVID-19 – BCG Henderson Institute- April 12, 2020)

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